Não confundir a Hiperatividade com o Sindrome de Tourette
Talvez que a única coisa errada na Hiperatividade é não saber que a tem e não saber como aproveitar os pontos positivosVou começar por lhe dizer que a Hiperatividade não é falta de concentração por falta de empenho ou um comportamento indisciplinado resultante da educação dada pelos pais.
Se os pais de crianças sem Hiperatividade se empenhassem da mesma forma que os pais de crianças Hiperativas na educação dos seus filhos, todos eles seriam uns génios, super bem educados e extremamente organizados.
Educar ou viver com alguém com Hiperatividade é um desafio enorme e os familiares, amigos e colegas de pessoas com Hiperatividade deveriam de receber o devido mérito.
A Hiperatividade também não é uma condição psicológica que se uma pessoa realmente quisesse era pontual e organizada ou que passa com a ajuda dum psicólogo.
Pedir a uma pessoa Hiperativa para se concentrar e organizar é a mesma coisa que pedir a uma pessoa com miopia para se esforçar mais e tentar ler sem óculos ou pedir a um coxo para correr mais depressa.
É impossível e está fora do controlo da pessoa com Hiperatividade.
A Hiperatividade é uma condição física que se caracteriza pelo sub-desenvolvimento e mau funcionamento de certas partes do cérebro, nomeadamente:
- Lobos Frontais
- Corpo Caloso
- Gânglios da Base ou Núcleos da Base
- Cerebelo
- Sistema Dopaminérgico – Falta de e/ou Recaptação Precoce da Dopamina
- Sistema Noradrenérgico – Falta de e/ou Recaptação Precoce da Noradrenalina
Tudo isto leva a que haja uma má comunicação entre neurónios, má comunicação e falta de sincronização entre as várias partes do cérebro.
A Hiperatividade é uma condição que apresenta 3 sintomas:
- Desatenção ou Distração
- Hiperatividade
- Impulsividade
Tem 3 sub-tipos:
- Predominantemente Desatento
- Predominantemente Hiperativo
- Combinado Desatento + Hiperativo – O mais comum
As estatísticas indicam que cerca de 40% das crianças diagnosticadas deixam de ter sintomas durante a adolescência ou seja o cérebro, com a ajuda de fatores ambientais, “encontra o caminho” para o normal desenvolvimento.
O que significa que os outros 60% vai continuar a ter os sintomas da Hiperatividade durante a vida adulta.
A maior parte dos adultos Hiperativos não sabem que a têm porque sempre se pensou que a Hiperatividade desaparecia durante a adolescência
Em muitos casos não é muito evidente porque a pessoa desenvolveu estratégias para lidar com e minimizar as consequências dos sintomas.
Percentagem da Hiperatividade Entre os Sexos
Em relação à percentagem entre os sexos, parece não existir um consenso.Alguns estudos apontam para 80% do sexo masculino e 20%, outros apontam para que seja uma percentagem igual.
Eu pessoalmente, acredito num valor a rondar os 60% sexo masculino e 40% sexo feminino por 2 razões:
- A vertente da impulsividade, que representa um comportamento com maior expressão exterior à pessoa, está mais presente/é mais visível nos rapazes dai a percepção de haver mais Hiperativos do sexo masculino
- As crianças, adolescentes e adultos do sexo feminino são condicionadas pela família e sociedade para terem comportamentos mais discreto e serem mais recatadas, logo disfarçando os sintomas da Hiperatividade
As desordens que normalmente podem co-existir com a Hiperatividade são:
- Comportamento perturbador, destabilizador e/ou desafiante
- Doença Bipolar
- Depressão
- Ansiedade
- Dependência de Álcool ou Drogas
- Dificuldades de Aprendizagem
- Síndroma de Tourette
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