sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

DOR na BARRIGA ou DOR ABDOMINAL

  
Principais causas
Por vezes aparecem me em consulta, pessoas que já viram e reviram na internet, as hipotéticas doenças que padecem ou pensam que sofrem. De modo algum pretendo “iluminá- los”; para aqueles que estão atentos às minhas publicações e não desconhecem o meu rigor vou explicar-lhes o que deveriam compreender. Aí vai:
Barriga ou região abdominal é aquela parte de nós que possui mais órgãos, portanto, está sujeita a doer devido a uma enormidade de causas e doenças diferentes. A dor abdominal, que é chamada popularmente de dor na barriga, é muitas vezes um desafio para qualquer médico, dada a grande quantidade de diagnósticos diferenciais possíveis. Neste texto vou abordar as principais causas de dores abdominais, explicando de modo muito simples como podemos tentar distingui-las.

Órgãos abdominais e pélvicos

Todos os órgãos que se encontram dentro da cavidade abdominal e da cavidade pélvica são passíveis de causar dor na barriga. Algumas vezes, órgãos na cavidade torácica também podem causar dor abdominal.

Os órgãos dentro do abdômen (se quiser: barriga) são:
- Fígado
- Vesícula biliar
- Vias biliares
- Pâncreas
- Baço
- Estômago
- Rins
- Supra renais
- Intestino delgado (Duodeno, jejuno e íleo)
- Apêndice
- Intestino grosso

Os órgãos dentro da cintura pélvica são:
- Ovários
- Trompas
- Útero
- Bexiga
- Próstata
- Reto e sigmoide (porção final do intestino grosso)

Vou falar neste texto sobre algumas causas comuns da dor de (ou na) barriga, não vou conseguir citar todas, mas fiquem já sabendo que qualquer doença em um dos órgãos citados acima pode causar dor abdominal (e, ou) pélvica.

Nas ilustrações abaixo mostro os dois modos de dividirmos anatomicamente o abdômen. Esta divisão vai vos servir para facilitar a descrição e interpretação do seu exame físico. Use essas ilustrações para acompanhar as explicações sobre as principais causas de dor abdominal que serão dadas mais adiante.
Localização da dor abdominal

O tipo de inervação da maioria dos órgãos abdominais faz com que o cérebro tenha alguma dificuldade em localizar o ponto exato da dor. A maioria dos problemas nos órgãos abdominais e pélvicos causam uma dor difusa ou ao redor do centro do abdômen. As exceções são os problemas nos rins, na vesícula, nos ovários ou no apêndice que costumam ser mais lateralizadas. Na ilustração abaixo é possível ver como os principais órgãos abdominais e pélvicos acabam por apresentar dores localizadas em regiões muito próximas umas das outras.
 
 
Portanto, a localização da dor ajuda, mas não costuma ser suficiente para uma segura elaboração das hipóteses diagnósticas, pelo menos para nós defensores da Osteopatia Visceral e Somática. Para além da localização também é importante avaliar outras características da dor, como tipo (de queimação, cólica, pontada, pressão etc...), tempo de duração, quando, época do ano, intensidade, outros sintomas associados (vômitos, diarreia, febre, icterícia etc...), fatores agravantes ou desencadeadores, para onde a dor irradia etc...etc… , claro é que não posso esclarecer tudo.

Na maioria das vezes a dor abdominal não indica nenhuma doença séria. A maior parte dos casos são cólicas intestinais associadas à alimentação muito gordurosa ou a intoxicações alimentares. As dores de barriga leves, de curta duração ou que desaparecem após algumas horas são normalmente causadas por dilatações do intestino por causa de gases. Quadros de ansiedade também podem causar dor abdominal de curta duração, também porque podem aumentar o conteúdo de gases nos intestinos (de certeza que um dos meus clientes  está a ler!).

A dor abdominal preocupante é aquela que dura várias horas, muitas vezes dias, que é de grande intensidade, incapacitante ou que está associada a vômitos ou febre.

Principais causas de dor abdominal

 Abordar de forma resumida as principais doenças que cursam com dor na barriga, não é de fácil tarefa. Se você quiser mais detalhes sobre sintomas e respetivo tratamento tratamento de cada uma delas, continue lendo as minhas próximas publicações. Está prometido! .

1- Gastrite e úlcera péptica
A gastrite, a úlcera de estômago ou a úlcera de duodeno normalmente se apresentam com sintomas semelhantes: uma dor em queimação na região superior do abdômen, principalmente no epigástrio. Esse tipo de dor na barriga é chamado de dispepsia e costuma surgir quando o estômago está vazio. A intensidade da dor é muito variável e não serve para distinguir a úlcera de uma simples gastrite.

A presença de sangue nas fezes ou vômitos com sangue associados a um quadro de dispepsia costumam indicar uma úlcera sangrante. Idosos com dispepsia e anemia sem causa aparente também deveriam ser investigados para úlceras.

2- Colecistite e pedras na vesícula

A simples presença de pedras na vesícula, chamada de colelitíase, não costuma causar sintomas. A dor abdominal ocorre quando há uma obstrução do ducto de drenagem da vesícula biliar por uma dessas pedras. Se a obstrução for prolongada, surge a colecistite, inflamação da vesícula, dói que se farta.

A dor da obstrução da vesícula
é chamada de cólica biliar e costuma ser localizada no hipocôndrio direito e epigástrio; é tipicamente uma cólica que surge logo após a ingestão de alimentos gordurosos. A dor da cólica biliar pode irradiar-se para as costas e para o ombro direito.

A cólica biliar simples, sem colecistite, costuma surgir e ser mais forte nas primeiras 2 horas após a última refeição. Quando a dor surge junto com febre e vômitos, e não melhora com o passar das horas, normalmente é um indício da presença de uma colecistite.

3- Pancreatite aguda

A inflamação do pâncreas, chamada de pancreatite aguda, normalmente ocorre em pessoas que abusam de bebidas alcoólicas, dá para lembrar!. A pancreatite aguda costuma surgir de 1 a 3 dias após um quadro de grande ingestão de álcool, apresentando-se como uma intensa dor em toda região superior do abdômen, incluindo ambos hipocôndrios e epigástrio. A dor da pancreatite aguda dura vários dias, costuma estar acompanhada de vômitos e piora após a alimentação, lembre sempre isso ao seu médico.
4- Hepatite aguda

Hepatite é o termo usado para descrever a inflamação do fígado. As hepatites mais comuns são aquelas causadas pelos vírus A, B ou C, (depois prometo falarei sobre este assunto) porém, podem surgir por várias outras causas, entre elas por intoxicação medicamentosa ou por álcool.

A hepatite aguda costuma causar uma dor mal definida no hipocôndrio direito e está geralmente associada a presença de icterícia.

5- Pedras nos rins:

O cálculo renal costuma manifestar-se como uma intensa dor na região lombar, unilateralmente. Frequentemente se irradia para o abdômen, principalmente nos flancos. Se a pedra estiver obstruindo o ureter mais próximo da bexiga, a dor pode ser no hipogástrio ou na fossa ilíaca, irradiando-se para a região escrotal.6- Apendicite

A dor da apendicite costuma ser em crescendo e inicia-se difusamente, e principalmente ao redor do umbigo, indo se localizar no quadrante inferior direito do abdômen somente quando se torna mais intensa. É comum haver febre e vômitos associados a ela, entre outros.

7- Diverticulite

Um divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso (no cólon), semelhante a um dedo de luva, normalmente em pessoas acima de 50 ou 60 anos. A diverticulite é a inflamação de um divertículo.

A maioria dos divertículos que se inflamam estão localizados na porção descendente do cólon, localizado à esquerda no abdômen. Em 70% dos casos a diverticulite  manifesta se como uma dor no quadrante inferior esquerdo do abdômen e em pessoas acima de 60 anos. A dor dura vários dias e costuma vir acompanhada de febre, ( não há um sem dois).

Quando ocorre a inflamação de um divertículo na parte ascendente do intestino grosso (à direita), os sintomas são muito parecidos com os da apendicite.

8- Infeção intestinal e diarreia

As infeções intestinais, sejam por bactérias ou por vírus, são causas comuns de dor abdominal. A manifestação mais comum é cólica abdominal associado a diarreia.

9- Cólicas menstruais (dismenorreia)

As cólicas menstruais ocorrem na porção inferior do abdômen, geralmente situadas na linha média, mas podem irradiar-se para as costas e coxas. Sintomas como náuseas, suores, dor de cabeça, fezes amolecidas e tonturas podem estar associados.

Além das causas descritas acima, várias outras também podem causar dor abdominal ou pélvica, entre elas:

- Menstruação
- Tumores dos órgãos abdominais ou pélvicos.
- Obstrução intestinal
- Infarto e isquemia intestinal
- Parasitoses.
- Aneurisma de aorta abdominal.
- Infeção urinária.
- Hérnias
- Cetoacidose diabética.
- Doença de Crohn e retocolite ulcerativa.
- Doenças do ovário
- Endometriose.
- Gravidez ectópica
- Mioma uterino (leia: meu próximo trabalho)
- Abscesso hepático
- Anemia falciforme.

Causas de dor abdominal originadas fora do abdomen

Algumas doenças de órgãos não localizados no abdômen ou na pélvis podem  apresentar-se com dor abdominal. São manifestações atípicas destas doenças, mas que volta e meia são vistas na prática médica. Entre essas causas passo a citar:

- Infarto do miocárdio
- Pneumonia.
- Hérnia de hiato.
- Derrame pleural.

Peritonite

Os órgãos da cavidade abdominal não estão soltos dentro da barriga, eles estão envolvidos por uma membrana muito vascularizada e inervada que é chamada de peritoneu. A peritonite, ou seja, a inflamação do peritoneu é um quadro grave, pois significa que alguma infeção/inflamação abdominal se tornou extensa suficiente para acometer o peritoneu. Como o peritoneu é muito inervado, ele costuma doer muito quando inflamado, e como é muito vascularizado, facilita a propagação de bactérias da região abdominal para o resto do organismo, podendo levar a sepse.

Os sintomas da peritonite são uma intensa dor abdominal difusa, associada a um enrijecimento da barriga causada pela contração involuntárias da musculatura abdominal. O paciente costuma apresentar um aspeto de doente e normalmente há febre e vômitos associados. Uma característica da peritonite é haver intensa dor quando apertamos a barriga e a soltamos rapidamente. Ao contrário das outras causas da dor abdominal, quando a dor é maior durante a pressão com as mãos, na peritonite há mais dor quando se tira a mão rapidamente, do que quando se está apertando a barriga.
A peritonite é uma complicação comum de várias doenças, como apendicite, diverticulite, perfurações de intestino ou estômago, colecistite  etc... e deveria ser tratada com cirurgia para remoção do órgão inflamado/infeccionado (consulte-se com duas opiniões!? Quem sabe) .

A presença de uma infeção/inflamação abdominal com peritonite é chamado de abdômen agudo.
Penso ter dado uma ajuda con este texto. Possuo forma de lhe propocionar uma avaliação complementar mais pormenorizada.
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O coçar tudo vai do começar

O que acontece na pele quando você sente uma coceira ou comichão?

O corpo humano é coberto por cerca de dois metros quadrados de pele. A pele é o único órgão constantemente exposto a irritações pelo contato com objetos e substâncias. As coceiras mais sérias podem ser causadas por alergias, doenças, infecções ou problemas emocionais. Neste artigo, vamos saber o que pode causar as coceiras.
A coceira, também conhecida como prurido, começa quase sempre com algum tipo de estímulo externo, que pode ser originado por insetos, pó,restos de tecido e pêlos. Assim como a sensação de cócegas, a coceira é um mecanismo interno de defesa.
Quando se dá o estímulo na pele, ele pode não incomodar a princípio, mas logo vai começar a coçar. Logo que o fio de cabelo ou o pó lhe encostar à pele,os receptores na derme ficam irritados. Em frações de segundo, esses receptores enviam pelas fibras da pele um sinal para a medula espinhal e depois para o córtex cerebral.
As mesmas fibras que enviam os sinais de coceira também são usadas para enviar sinais de dor para o cérebro, o que levou alguns cientistas a acreditar que a coceira era uma forma de dor leve. Essa idéia foi depois descartada devido a pesquisas que mostraram que a dor e a coceira produziam reações opostas. A dor desestimula o desejo de encostar no seu foco, enquanto a coceira nos dá vontade de arranhar e coçar a pele.
Assim que sentimos uma coceira, nossa reação natural é arranhar o local. O motivo para essa reação é simples: queremos nos livrar da irritação o mais rápido possível. Ao arranhar a área da irritação, sente-se alívio. Quando o cérebro percebe que o local foi arranhado, afastando o agente irritante, o sinal enviado para o cérebro de que você tem uma coceira é interrompido, e deixa de ser reconhecido.
Mesmo que você não remova o agente irritante, o ato de arranhar vai causar uma pequena dor e desviar a atenção da coceira. O agente irritante que causou a coceira é muito pequeno (talvez tenha apenas alguns mícrons), afetando apenas algumas terminações nervosas. Quando você arranha o local onde se encontra o agente irritante, não apenas o remove como também irrita outras terminações nervosas além daquelas que já foram irritadas.
Por que sentimos coceira?
Conheça a importante função em nosso corpo dessa sensação desagradável!
O incômodo da coceira é um aviso de que o corpo entrou em contato com alguma substância estranha, como a saliva do mosquito que nos pica, ou até com alguma substância perigosa, como contêm certas plantas. Justamente por ser desagradável, a coceira tem uma função importante para o corpo: fazer com que a gente fique longe de quem a causou, seja poeira, remédio, planta ou inseto.
No caso de uma picada, não culpe de malandro o pobre do mosquito que deixou aqueles calombos vermelhos nos seus tornozelos. Na verdade, o culpado pela coceira é nosso próprio corpo. O que causa a coceira não é a picada do mosquito em si, e sim, a histamina, uma das armas que nosso corpo produz para combater as substâncias estranhas, como a saliva do mosquitoque foi  deixada no local da picada.
Quando o sistema de defesa do corpo deteta substâncias estranhas, uma de suas primeiras ações é libertar a histamina. Ela aumenta a circulação de sangue no local, deixando a pele vermelha e inchada. Por outro lado, o sangue que aumentou sua circulação traz mais células de defesa. Isso faz com que as substâncias estranhas sejam eliminadas mais rapidamente. Logo, a histamina pode ser considerada uma aliada do corpo.
Pena é que a histamina tenha também o efeito desagradável de causar a coceira. A boa notícia é que a vontade irresistível de coçar a pele também tem sua função. Quando nós coçamos o local da picada do mosquito, por exemplo, isso aumenta ainda mais a circulação de sangue no local (e deixa a pele ainda mais avermelhada também!). Como o sangue facilita o trabalho do sistema de defesa do corpo... coçar não faz mal! Pelo contrário: se a gente se coçar e for  bem coçado, a coceira acaba passando. O quê? Aonde é que aprendeu essas coisas?
É isso mesmo: a coceira é tão importante que tem uma parte do sistema nervoso dedicada somente a ela. Imaginem só para a comichão! Dos muitos nervos que levam sinais do corpo para o cérebro, alguns respondem ao toque, outros, somente ao calor, outros, somente ao frio, outros, somente à dor... Há quatro anos, os cientistas descobriram que alguns desses nervos respondem somente à histamina. Por isso, a histamina provoca uma sensação diferente da sensação do toque e da dor.
Curioso é que os nervos da dor "comandam" os nervos da coceira. Isso quer dizer que, quando o lugar que está sendo coçado começa a doer, os nervos da dor "desligam" os nervos da coceira, que param de enviar sinais ao cérebro. Por isso, coçar a pele até causar uma leve (eu disse: leve!) sensação de dor que acaba com a coceira e dá aqueeele tãoo bomm aalívio. Tenha cuidado para não se coçar demais, porque senão você pode trocar a coceira por uma ferida na pele. Ah  beurkk.
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O QUE É RINITE ALÉRGICA?



                                                Your Nose Spanish

Este promontório no meio da face plantado chama se nariz, é um dos componentes das vias respiratórias, sendo o primeiro local por onde o ar passa até alcançar os pulmões. Dentre outras atribuições, é responsável pela limpeza, humidificação e aquecimento deste ar inspirado.
Para exercer esta função corretamente, o nariz possui um complexo mecanismo de defesa, o qual, ao entrar em contato com alguma substância tóxica desencadeia uma resposta que impedirá esta substância de alcançar os pulmões. Através do surgimento de obstrução nasal teremos o bloqueio da passagem deste agente agressor, e dos espirros e coriza com a remoção desta substância. Isto é normal e todas as pessoas ao entrarem em contato com algumas substâncias tóxicas apresentem estes sintomas.

Uma pessoa quando fica gripada apresenta obstrução nasal, espirros e coriza, porque o seu organismo está a tentar protegê-la, impedindo que os vírus alcancem seus pulmões através do ar.

Alergia, na realidade, não significa falta de defesa do organismo, mas muito pelo contrário, é antes uma defesa exagerada contra agentes que não são potencialmente agressivos ao ser humano. Ou seja, uma pessoa alérgica é aquela que é híper reativa a determinada substância que para uma pessoa normal não despertaria nenhuma resposta. O sistema imunológico das pessoas alérgicas, por características genéticas, interpreta que determinada substância é tóxica, e que ele precisa proteger o organismo de sua entrada. É por isto que algumas pessoas, convivem normalmente com fatores que causam a alergia, como a poeira de casa, sem ter sintomas, ao passo que outras pessoas ao entrarem em contato com esta mesma poeira podem ter rinite e asma.

O paciente alérgico não nasce híper reativo (com alergia), mas sim com a capacidade de sensibilizar-se (tarde ou cedo) a um determinado fator. Tornar-se sensível significa passar a ter uma resposta de defesa a uma substância que antes era tolerada. Isto significa que podemos conviver com determinada substância por muitos anos, e vir a desenvolver sintomas apenas tardiamente.

Esta característica é herdada dos pais. Quando um homem e uma mulher alérgicos têm um filho, a possibilidade desta criança ser alérgica é de cerca de 50%. Por outro lado, mesmo que nenhum dos pais apresentem alergia, a criança ainda assim pode vir a ter.
Este tipo de alergia pode se apresentar como rinite, conjuntivite, asma e alguns tipos de alergia de pele. Porém a forma mais comum é a rinite. Cerca de 10 a 25% das pessoas sofrem de rinite alérgica. 
QUAIS OS SINTOMAS DA RINITE ALÉRGICA?
Os sintomas que os pacientes portadores de rinite alérgica apresentam são obstrução nasal (entupido), coriza, espirros (algumas vezes o paciente espirra mais 20 vezes seguidas) e coceira no nariz. Esta coceira pode ser na garganta ou nos olhos.

Além disto a rinite alérgica, pode causar outros problemas, como otites (inflamação dos ouvidos), sinusites (inflamação de cavidades existentes na face) e roncos (pelo entupimento do nariz) que faz com que o paciente não durma bem a noite. O paciente só vai apresentar estes sintomas quando estiver em contato com as substâncias aos quais é alérgico. Estas substâncias recebem o nome de alérgenos. Quanto maior o contato, mais intensos tendem a ser os sintomas.

Todos os "doentes" apresentam estes sintomas minutos após o contato com o alérgeno, e cerca de metade deles terão novamente sintomas cerca de 4 a 6 horas depois.

QUAIS AS CAUSAS DA RINITE ALÉRGICA?
Muitas substâncias podem causar alergia como a poeira de casa, pólen e alguns alimentos. Aqui em Portugal  (entre outros) a poeira domiciliar e urbana é o fator mais importante. Ela é constituída por descamação da pele humana e de animais, restos de pelos de cães e gatos, restos de barata e outros insetos, fungos, bactérias e organismos microscópicos que são chamados ácaros (família dos aracnídeos). O principal fator da poeira que causa alergia é o ácaro. Existem vários ácaros, e o que mais frequentemente esta relacionado à alergia é o Dermatophagoides ssp., que significa, aquele que se alimenta de pele. Este é o seu nome pois uma de suas fontes de alimentos é a descamação da pele. No colchão de nossas camas e nos móveis estofados que existem em nossas casas encontramos muita descamação de pele e é exatamente por esta razão que nestes locais existe grande quantidade de ácaros. Estes ácaros vivem nas camadas profundas dos tecidos, abraçados nas fibras deles. Eles não são capazes de viver sobre uma superfície lisa, como por exemplo nas paredes. Não descartar a possibilidade de desvio do septo nasal. 

Vou tomar como exemplo São Paulo, e outras regiões do Brasil onde não há uma clara definição das quatro estações do ano, a forma de rinite alérgica que predomina é a causada pelos ácaros, sendo que os doentes, em geral, apresentam sintomas durante o ano inteiro. Em outras regiões (como no sul do país), na época da primavera, ocorre a polinização das flores, e podemos ter a rinite alérgica da estação, chamada nos países do hemisfério norte de febre dos fenos. Apesar deste nome, não existe febre e tampouco o feno é o responsável pelos sintomas. São fungos que proliferam nos maços de feno as substâncias que desencadeiam os sintomas.
Normalmente o paciente com rinite alérgica, apresenta os sintomas quando em contato com o alérgeno, e em geral, estes sintomas são proporcionais á quantidade de alérgeno. Na época do inverno, estes pacientes sofrem mais, pois, neste período, são usados cobertores e roupas que ficaram guardados por muito tempo, e podem estar cheios de ácaros e fungos. Além disto estes doentes são mais suscetíveis a resfriados (alterações mais ou menos rápidas de temperatura). Na verdade o resfriado é uma inflamação do nariz, que irá comprometer os mecanismos de proteção nasal, com isto facilitando a entrada dos alérgenos.

COMO TRATAR RINITE ALÉRGICA?
O tratamento dos pacientes portadores de rinite alérgica é composto por três pontos fundamentais:
A- Higiene ambiental
B- Tratamento medicamentoso ( ou optar pela Homeopatia)
C- Vacinas anti- alérgicas

A- Higiene ambiental
A forma mais simples de tratar a alergia é evitar o contato com a substância que desencadeia os sintomas. Por exemplo, se o paciente apresenta obstrução nasal, coriza e espirros quando ingere determinado alimento, o mais fácil a fazer é simplesmente não comê-lo. Infelizmente, a principal causa de rinite alérgica é o ácaro, e não é fácil evitar o contato com ele.

Algumas medidas simples podem ser adotadas, e diminuirão a quantidade destes insetos. A casa e principalmente o quarto onde o “doente” dorme devem ser limpos com bastante frequência. Infelizmente a vassoura e espanador de pó apenas espalham o pó pelo ambiente. Os aspiradores são capazes de reter alguma sujeira, porém normalmente sue filtro não é desenvolvido para limpar o ar por completo, e portanto muitas vezes o que ele faz é uma pulverização de poeira no ambiente (existem aparelhos destes bem específicos para uma aspiração mais completa). Aspiradores com filtros especiais e de alta eficiência existem, porém têm um custo muito elevado. No caso de não existir carpete ou tapetes no chão, o uso de pano húmido na limpeza é uma forma bastante eficaz para remover a poeira.
Um ponto importante a ser considerado, é a existência de uma boa ventilação na casa e no quarto, e se possível ambientes ensoleirados, para evitar o (re) surgimento de bolor ou fungos. 
Além disto, o ideal é que não existam carpetes, tapetes, cortinas, bichos de peluche ou outros móveis ou utensílios que possam acumular poeira.   Deve-se ainda evitar o uso e contato com travesseiros e almofadas de penas ou outros materiais que possam causar alergia. A utilização de capas protegendo os colchões e travesseiros, assim como de substâncias para eliminar os ácaros do ambiente apresentam certa eficácia quando aplicados corretamente.
Estas medidas de higiene não acabam com os ácaros e outros alérgenos, mas diminuem a sua quantidade.
Além destas mediadas de higiene ambiental, onde o objetivo é reduzir a quantidade de alérgenos, é muito importante que os “doentes” fiquem afastados de outras substâncias capazes de irritar o nariz. Cheiros de perfumes, produtos de limpeza, produtos para deixar os ambientes com cheiro agradável, fumo de cigarro, tintas, inseticidas e poluição, são alguns exemplos de substâncias capazes de irritar o nariz, e desencadear sintomas. Outros fatores in específicos como as mudanças bruscas de temperatura, frio e humidade do ar são também prejudiciais aos “doentes”. 
B- Tratamento medicamentoso
No critério médico, se estas medidas não forem suficientes para controlar os sintomas do paciente, poderão ser receitados alguns medicamentos.
Existem dois grandes grupos de drogas que podem ser usadas. Um tipo funciona preventivamente e outro apenas alivia os sintomas.
Do ponto de vista farmacológico, dispomos de descongestionantes, anti-histamínicos, estabilizadores de membranas, e corticosteroides. Cada uma destas moléculas atua de forma diferente, e nenhuma é isenta de efeitos colaterais que algumas vezes podem ser graves. Por isto, o ideal, é não realizar auto medicação e procurar seu médico, refiro que a opinião de um Homeopata apresenta uma alternativa menos agressiva, ele saberá aconselhar os pais e estudará as dosagens e essências indicadas.
C- Vacinas anti- alérgicas
Quando o tratamento feito nestas condições (higiene ambiental e medicamentos) falha, pode-se associar o uso de vacinas anti- alérgicas. Este tratamento é longo, porém quando feito corretamente, diminuí a sensibilidade do doente àquela substância ao qual ele era alérgico. Muitas vezes chegamos ao ponto onde não há mais necessidade do uso de medicamentos.
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