segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Muitos medicamentos, como certos antibióticos, diuréticos (mais particularmente o ácido etacrínico e a furosemida), a aspirina e as substâncias semelhantes à aspirina (salicilatos) e a quinina, podem danificar o ouvido. Estes afectam tanto a audição como o equilíbrio, embora a mais afectada seja a auditiva

Alguns efeitos das perturbações auditivas sobre o nervo facial As doenças auditivas podem afectar o nervo facial devido ao facto de este ter um trajecto em ziguezague pelo interior do ouvido. Por exemplo, o herpes zóster do ouvido pode afectar tanto o nervo facial como o nervo auditivo. Então, o nervo facial é inflamado e fica comprimido no orifício do crânio pelo qual passa.
A pressão sobre este nervo pode provocar paralisia facial temporária ou permanente.

Poderiamos dizer que quase todos os medicamentos são eliminados do corpo através dos rins. Por isso, qualquer deterioração no funcionamento renal aumenta a possibilidade de muitos fármacos se acumularem no sangue e atingirem concentrações (elevadas) que podem provocar lesões.
De todos os antibióticos, a neomicina é o de efeito mais tóxico sobre a audição, seguida pela canamicina e pela amicacina. A viomicina, a gentamicina e a tobramicina podem afectar tanto a audição como o equilíbrio.
A estreptomicina afecta mais o equilíbrio do que a capacidade auditiva. A vertigem e a perda de equilíbrio derivadas do uso de estreptomicina, têm tendência a serem temporárias. No entanto, a perda de equilíbrio pode ser grave e permanente, pode provocar dificuldades em andar em lugares escuros e dar a sensação de que o que nos rodeia se mexe a cada passo (síndroma de Dandy).
O ácido etacrínico e a furosemida provocaram perda auditiva permanente ou transitória quando foram administrados de forma intravenosa a pessoas com insuficiência renal que também tomavam antibióticos.
Se a aspirina for tomada em grandes doses durante um período prolongado, pode provocar perda da audição e zumbidos, habitualmente de forma temporária. A quinina pode causar uma perda permanente da audição.
Algumas precauções
Os fármacos que podem danificar o ouvido não se aplicam directamente sobre o mesmo quando o tímpano está perfurado porque podem misturar-se com o líquido do ouvido interno.
Os antibióticos que prejudicam a audição não são indicados para as mulheres grávidas. Tão-pouco se prescrevem aos idosos ou a quem tenha uma perda auditiva prévia, a menos que não se possa dispor doutros fármacos.
Embora a susceptibilidade a estes fármacos varie em certa medida de pessoa para pessoa, é possível evitar a perda auditiva se a concentração do fármaco no sangue se mantiver dentro do limite recomendado. Como consequência, essa concentração deve ser controlada com frequência. Na medida do possível, controla-se a audição antes e durante o tratamento.
Quase sempre, o primeiro sinal de lesão é a incapacidade de percepção de frequências altas. Poderão surgir zumbidos de alta frequência ou vertigem

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